Matriz interferiu no fim de linha do Volkswagen Gol ao não autorizar atualização no projeto

Matriz na Alemanha condenou o fim de linha do Volkswagen Gol na América do Sul por conta de não aprovar a adaptação do ESP no hatch e no Voyage



O fim de linha do Volkswagen Gol e Voyage aconteceu já há alguns meses, mas ainda se comenta muito sobre os compactos. Pudera, são carros que marcaram o nosso mercado por décadas. É sabido que Gol e Voyage foram vítimas da falta de equipamentos como controle de estabilidade (ESP), que na Argentina é obrigatório desde 2022 e que aqui será obrigatório a partir de 2024. Aqui, a Volkswagen até tentou adaptar o Gol e o Voyage ao ESP, mas uma decisão vindo da matriz rejeitou a aprovação.

De acordo com apurações do Motor1 Argentina, a ordem para o fim de linha do Gol veio da Europa. Do trio da família Gol, Voyage e Saveiro, apenas a picape oferece o equipamentos desde meados de 2015, quando ganhou a Cabine Dupla. Na época, a picape passou por um processo de alteração em seu projeto para ganhar o equipamento. E foi justamente essa alteração no projeto que a matriz negou para Gol e Voyage mais recentemente. E a culpa é do selo Baumustergenehmigung (BMG), uma palavra gigantesca em alemão que significa ‘Design Type Approval’ ou um processo de Engenharia e Desenvolvimento, que requer de aprovação.

Isso faz com que o projeto passe (ou repasse) por áreas como Design, Homologação, Fabricação, Vendas e Jurídico na Volkswagen. Com a proximidade do fim da condição de vender carros sem ESP, a Volkswagen entrou com os pedidos de atualização para Gol e Voyage com o selo BMG, a fim de ter uma licença de fabricação que só pode ser concedida pela matriz na Alemanha. Esse processo passa por análise, avaliação e validação. Como a Saveiro ganhou o equipamento em 2015, a busca por esse selo deve ter acontecido bem antes do seu lançamento, claramente.

Na época, o projeto da Saveiro ainda poderia ser considerado recente. Com isso, a matriz concordou em fazer as modificações no projeto da picape e há rumores de que a Volkswagen também tem peças compartilhadas com Fox e SpaceFox, que poderiam ser equipados com o sistema sem muito esforço. Para o Gol (e consequentemente o Voyage), houve essa tentativa, mas já foi confirmado que teria passado muito tempo do projeto e a VW negou o selo BMG. Isso porque a Volkswagen (matriz) acredita que o Gol também não é mais interessante na sua atual estratégia e pode ter feito isso como uma medida fácil para retirá-lo de linha depois de inúmeras tentativas de emplacar o Polo.

Caso tivesse recebido a aprovação do selo, o projeto do Gol poderia trazer o sistema ESP, mas também exigiria um custo em termos de investimentos, principalmente. Com um projeto já envelhecido e de 2008, o Gol/Voyage acabaram substituídos por Polo e Virtus. Do jeito que o Gol e o Voyage eram vendidos, a marca disse que era impossível fazer essa atualização para ter o ESP. "É tecnicamente impossível, a plataforma não permite", disseram fontes ligadas a Volkswagen algumas vezes. Pelo menos, não era possível do jeito em que ele era produzido.



Fotos: Volkswagen / divulgação

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