Especial Lançamentos 2017 #29: o que esperar da Renault para o Brasil neste ano?
A Renault parece determinada para crescer no nosso mercado. Querendo atingir 10% de mercado até o final desta década, a marca pode ter um ano de 2017 bastante agitado. Pelo menos, três modelos inéditos chegam ao mercado, além da nova geração de um velho utilitário e o face-lift da linha de compactos. Fora os modelos que podem ser lançados ou em 2017 ou podem ficar para o ano que vem, como é o caso de Alaskan, Megane e Kadjar. KWID: Lançamento mais esperado da Renault em 2017 é o popular Kwid. Concorrente de Volkswagen up! e Fiat Mobi, ele substitui o Clio e chega com design, itens de série e mecânica atualizada para se tornar líder deste segmento. Com lançamento ainda para o primeiro semestre, ele deve ser produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Segundo a Renault, em relação ao modelo indiano, o nosso Kwid se difere por mudanças na estrutura geral do modelo, maior refinamento na cabine e a primazia de oferecer airbags laterais como itens de série desde a versão de entrada. Com isso, a marca espera melhorar os baixos índices de proteção aos passageiros alcançados pelo Kwid “original” no exterior. No visual, as principais mudanças estão relacionadas ao desenho das rodas, que mantém os três furos”, e dos retrovisores, herdados do Sandero. Já o Outsider Concept traz algumas novidades como apliques em verde e interior com detalhes em laranja, mas já adianta o acabamento interno em plástico rígido, bancos no mesmo formato de Mobi e up! e pouco espaço interno, como seus futuros concorrentes. No conceito, ele traz a mesma central multimídia de Sandero e Logan, com tela de 7″ sensível ao toque, algo que deverá ser oferecido pelo menos nas versões mais caras. Com peso na faixa dos 800kg, o consumo deve ser o principal argumento de vendas do Kwid. Segundo a revista Auto Esporte, o hatch ainda deve contar com menos potência que os 82/79cv e 10,5/10,2kgfm de Sandero e Logan.
Ele deve ter uma versão dotada de comando de válvulas mais simples e alguns cavalinhos a menos de potência. Como o Kwid é mais leve, o 1.0 12 válvulas não precisa de variação dupla no comando de válvulas. Ainda não temos os números oficiais. Justamente por ser mais leve, o Kwid deve contar com cerca de 76cv e torque de 9,9kgfm (estimados), o que ainda assim deve ser satisfatório para sua proposta. CAPTUR: Já o Captur, outro modelo interessante da marca, deve ser lançado no mês que vem. Posicionado acima do Duster, o Captur foi uma das estrelas da marca para o Salão do Automóvel de São Paulo, fazendo a Renault voltar a ter automóveis oriundos da marca francesa e não mais da Dacia. Porém, diferente do modelo europeu, o nosso deve usar a mesma plataforma B0, a mesma do Duster. O lançamento oficial deve acontecer em Fevereiro de 2017, quando as primeiras unidades deverão ser entregues. Na pré-venda será preciso dar um sinal de R$3.000 no prazo de dois dias úteis na rede Renault. O Novo Renault Captur vem com LEDs diurnos, rodas de liga leve aro 17 polegadas, ar-condicionado automático, multimídia com navegador GPS, quatro airbags de série, controles de tração e estabilidade, piloto automático, assistente de partida em rampa, chave cartão, retrovisores com rebatimento elétrico, entre outros. A marca francesa ainda informou que o nosso Captur deve ser vendido em duas versões e motorizações: a Zen com motor 1.6 16v Flex que desenvolve 120/118cv de potência acoplado ao câmbio manual de 6 marchas ou automático CVT e a versão Intense com o conhecido conjunto motriz 2.0 16v Flex que desenvolve 148/145cv de potência e torque de 20,9/20,3kgfm, acoplado ao antiquado câmbio automático de 4 velocidades. Para colaborar com o consumo, traz direção elétrica e alternador pilotado, que aproveita desacelerações para recarregar a bateria.
Na parte de estilo, investe no uso de duas cores, uma para carroceria e outra para o teto, personalizáveis. Antes cogitada, a suspensão multilink não deve ser oferecida para o utilitário esportivo, que deve ter eixo de torção assim como o Duster. O Captur conta com 4,33 metros de comprimento (21cm a mais que o Captur europeu), 1,81m de largura (4cm a mais), 1,61m de altura (5cm extras) e 2,67 metros de distância entre os eixos (cerca de 7cm a mais). Além disso, o porta-malas também cresceu (387 litros, 10 litros a mais) e o vão livre em relação ao solo saltou para 204mm. Com os bancos traseiros rebatidos, o espaço traseiro salta para 1.200 litros. KOLEOS: Também apresentado no Salão de SP, o Koleos deve ser lançado ainda no primeiro semestre, entre os meses de Abril a Maio. O Koleos deverá ser até o momento, o Renault mais caro a venda no país, concorrendo com Hyundai SantaFé, Kia Sorento, Volvo XC60, Land Rover Discovery Sport, entre outros. Ao todo o novo Koleos mede 4,67 metros de comprimento, 1,84 m de largura e 2,71 metros de distância entre os eixos. A Renault garante que o modelo será um dos líderes em oferta de espaço no segmento, especialmente no banco traseiro. O design é típico dos últimos Renault e traz uma enorme grade na dianteira, com o logotipo losango da marca em evidencia na parte central e filetes cromados horizontais, formando conjunto com os faróis, estes com um prolongamento em formato de bumerangue. Há ainda vincos marcantes no capô e nas laterais e rodas diamantadas. A plataforma será a conhecida Common Module Family (CMF). Como dito, aqui ele deve ser oferecido com motor 2.5 16v a gasolina que desenvolve 175cv de potência com torque de 23,8kgfm, acoplado a um câmbio automático CVT. No país os preços do Koleos devem ficar entre R$150.000 a R$170.000.
SANDERO E LOGAN: Já os compactos Sandero e Logan ainda não tiveram um modelo para seguir o face-lift, mas as chances recaem para o modelo do leste europeu (apresentado com o Logan na unidade branca). Com Brasil e Rússia querendo fazer os compactos da Dacia ganharem autonomia nestes mercados com mudanças próprias. As fotos, reveladas pelo site Automagg, mostram o Logan/Symbol com localização da placa na traseira, que sai do para-choque para a tampa do porta-malas, acompanhada de um friso fino e cromado. As lanternas ganham novo desenho no contato com a tampa do porta-malas ficando mais retilíneias, além de um novo layout. O para-choque traseiro ainda conta com refletores e um aplique preto. Na dianteira, o Logan russo segue quase o mesmo design do modelo romeno ao trazer novos faróis com novo layout e LEDs diurnos integrados, assim como nova grade dianteira, novo para-choque dianteiro, novos faróis de neblina redondos (ao invés dos quadrados dos modelos da Dacia) e novas rodas são o destaque da lateral. No interior ele ganha o mesmo interior do modelo da Dacia, com volante com 4 raios e detalhes cromados nas saídas de ar e puxadores de porta e itens, como descanso de braço central e vidros com sistema de um toque. O novo design do console central incorpora um suporte para garrafa na parte traseira. Também nova é uma tomada de 12 volts que permite aos passageiros traseiros para carregar dispositivos móveis. A mecânica, bastante nova, deve ser a mesma dos modelos atuais: 1.0 12v SCe e 1.6 16v SCe Flex. KANGOO: Esperada desde meados de 2015, o Dokker deve chegar a América do Sul nos próximos anos. Seu lançamento é esperado entre o final de 2017 e o início de 2018, marcando uma reestruturação dentro da Renault. O investimento de US$800 milhões na fábrica da Argentina, em Santa Isabel, região de Córdoba deve servir para três projetos. O montante de dinheiro foi destinado primeiramente a produção de Logan, Sandero e Sandero StepWay na Argentina, que deve desafogar a produção paranaense.
Isso custou US$100 milhões para a Renault. Já a produção das picapes Renault-Nissan-Mercedes-Benz custou US$600 milhões. Para fechar todo o investimento, o restante deve ser investido no substituto do Kangoo. A nova geração do comercial leve deve ser um Dacia Dokker com novo logo e nome. Como usa a mesma plataforma B0 de Sandero e Logan, isso reduz os custos de produção local e o investimento de US$100 milhões deve ser para maquinário e outras partes da produção. No Brasil, a nova Kangoo deve ser equipada já com o novo motor 1.6 16v Flex que entrega 118/116cv de potência com câmbio manual de 5 marchas. A nova Kangoo deve mirar especialmente na Fiat Fiorino e a meta da Renault é avançar sobre a rival italiana assim como a Master fez com a Ducato. Os preços devem ficar no mesmo patamar do Kangoo atual, mas com a vantagem de oferecer maior tecnologia, espaço interno, maior quantidade de carga graças ao ganhos em largura e altura. ALASKAN: A Renault pode antecipar o lançamento da picape Alaskan para o Brasil no segundo semestre de 2017. A picape média baseada na Nissan Frontier pode ser lançada em meados de Outubro de 2017 segundo a revista Auto Esporte. Ainda não se sabe de onde a picape seria importada, mas há chances dela vir da Espanha, primeiramente nas versões topo de linha e logo em seguida, em 2018, passar a vir da Argentina com as versões mais simples, algo que a Nissan também deve fazer com a nova geração da Frontier. Vindo primeiramente nas versões topo de linha, ela deve ser vendida com motor motor 2.3 dCi que desenvolve 190cv de potência e torque de 45,9kgfm, acoplado ao câmbio automático de 7 velocidades em conjunto com tração integral, enquanto a suspensão traseira traz eixo rígido com sistema multilink. Em 2018 seria a vez da chegada das versões de entrada com o mesmo motor, mas entregando 160cv. O modelo tem capacidade para 1,1 tonelada e pode rebocar 3,5 toneladas. A suspensão traseira tem cinco braços com eixo rígido e molas helicoidais na versão com cabine dupla.
A picape ostenta um design próprio na dianteira, mas a lateral e a traseira não negam os parentescos com a Frontier. Destaque para os faróis com LEDs diurnos e no interior, painel com tela LCD de 5" além do sistema multimídia com tela de 7" e GPS. Ainda sem detalhes revelados sobre versões, terá no pacote itens como bancos em couro e ajustes elétricos, assistentes de partida em rampa e de descida, alem de câmera 360º. Caso ela for lançada no Brasil em 2017, espere por preços na faixa dos R$160.000 a R$180.000. MEGANE E KADJAR: A Renault ainda pode importar ou produzir o Megane na Argentina. A marca está disposta a "torrar" sua cota mensal de 1.000 unidades, mas como ainda não conta com nenhum importado a venda no nosso mercado, ela pode trazer um leque de automóveis para o Brasil. Até o momento, apenas a segunda geração do Koleos foi "confirmada" a ser vendida no Brasil no ano de 2017, concorrendo com Hyundai SantaFé e Kia Sorento. Porém o SUV, pelo seu preço estimado (entre R$150.000 a R$180.000) deverão vender cerca de 150 a 250 unidades mensais. Ou seja, a Renault ainda teria cerca de 750 a 850 unidades mensais para trazer ao Brasil sem pagar IPI. Para cobrir essa fatia restante, a Renault pensa em importar outros dois automóveis para o Brasil até o fim de 2017: a nova geração do Megane e o Kadjar. O hatch médio poderia aproveitar o momento "ruim" que vive o segmento e poderia ganhar destaque. O hatch chegaria ao mercado em duas ou três versões, com duas motorizações distintas. A primeira seria a versão de acesso, que poderia ser vendida com o motor 1.2 TCe que entrega 130cv, com câmbio manual ou automático além de uma opção com o motor 1.6 TCe que poderia desenvolver cerca de 160cv de potência (deveria ter trabalho para diminuir a potência de 205cv para cerca de 160cv, mas que cairia como uma luva no nosso mercado) com Gasolina, com opção de câmbio manual de 6 marchas ou um automático de dupla embreagem e 7 velocidades EDC7 e a versão GT, que desenvolve 205cv de potência com torque de 26kgfm e com câmbio automático de dupla embreagem. Os preços ficariam na casa dos R$85.000 aos R$115.000, enquanto o Kadjar chegaria ao mercado com motor 1.6 TCe que entrega 200cv de potência, com as mesmas opções de câmbio do Megane e opção de tração 4x2, 4x4 ou 4x4 com reduzida com preços que iriam variar entre R$120.000 a R$145.000. Porém em ambos os casos a Renault está repensando sobre a vinda ao nosso mercado, apesar de ambos serem produtos interessantes.
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