A Great Wall confirmou que deve investir bastante na recém
adquirida fábrica de Iracemápolis (SP), que era da Mercedes-Benz. Em entrevista
ao jornal O Globo, a marca chinesa confirmou que vai investir R$4 bilhões na
unidade nos próximos cinco anos, de acordo com informações reveladas pelo
Responsável da Área Comercial da Great Wall, Jose Duan. Operando até dezembro
do ano passado, a fábrica contava com 370 funcionários que podem ser
recontratados pela Great Wall Motors (GWM). Ao todo, a fábrica deve contar com
cerca de 2.000 funcionários em dois anos e com capacidade que pode ser
aumentada para até 100.000 unidades ao ano. Apesar da fábrica ter sido
adquirida com os maquinários da Mercedes-Benz, a Great Wall confirmou que a
fábrica deve ser atualizada, inclusive nos equipamentos. É esperada melhorias
de processos de soldagem, pintura e oficinas de montagem, trazendo novos
conceitos de segurança, inteligência e proteção ambiental. Isso porque a
fábrica deve se adaptar para uma produção flexível, atendendo a produção de uma
série de modelos que são diferentes. A atualização da fábrica deve ser o
primeiro passo a ser realizado pela GWM, dentro de um prazo de quatro a seis
meses e é com essas atualizações que ela terá sua capacidade aumentada para 100
mil unidades ao ano.
Além de Iracemápolis (SP), a Great Wall já confirmou que deve investir em sistemas de assistência técnica locais e estabelecer as marcas de acordo com a demanda, podendo até mesmo ter elétricos. Em cinco anos, a Great Wall confirmou o investimento de 5 bilhões de renminbis, cerca de R$4,13 bilhões, com produção de picapes e utilitários esportivos. No sentido governamental, a cidade de Iracemápolis já deu o sinal verde para os chineses terem direitos aos mesmos benefícios fiscais que eram oferecidos aos alemães. Isso significa que a GWM terá isenção de IPTU por 20 anos, isenção de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e 50% de Imposto Sobre Serviço (ISS). Com uma área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o prédio fica numa área bem ampla, mas que antes da venda foi desmembrado pela Daimler. Isso porque a marca alemã manteve o seu Campo de Provas e Campo de Testes, que está em fase final de construção em parceria com a Bosch. “Cada empresa não consegue fazer sozinha todos os investimentos que serão necessários nos próximos anos, precisamos de parceiros para diluir os custos. Ao mesmo tempo, temos de testar muitas novas tecnologias aqui e o campo vai aumentar nossa velocidade de desenvolvimento local”, destacava o então presidente da Mercedes-Benz, Philipp Schiemer, ao anunciar o investimento dos campos. Juntos, eles formam 16 pistas, com 12 quilômetros e mais de 14 tipos de pavimentação diferentes. Na época, a Mercedes-Benz e a Bosch investiu R$70 milhões para a construção do espaço.
Fonte: O Globo
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