Caoa Chery, fábrica de Jacareí (SP): o calvário sofrido pelos funcionários e a demissão


A Chery decidiu fechar temporariamente a fábrica de Jacareí, em São Paulo. No entanto, nos últimos meses, a unidade passou por uma série de idas e vindas. O Sindicato dos Metalúrgicos e a Chery se reuniram pela primeira vez a fim de discutir o rumo dos funcionários da unidade. Cerca de 500 funcionários seriam demitidos e depois, inseridos em uma espécie de pacote de estabilidade de emprego. Em maio, os funcionários receberiam uma licença remunerada, algo estabelecido em um regime de lay-off. Até outubro ou dezembro deste ano, os funcionários ainda estariam com licença remunerada. Depois disso, a Chery voltou atrás na sua decisão de estabilidade dos funcionários até o final deste ano. Afirmou dizendo que seguiria seu plano de demissões, visto que a produção só será retomada em meados de 2025. "Buscando minorar a complexa situação, a empresa propôs à entidade sindical a negociação de uma indenização aos trabalhadores, adicional à integral quitação das verbas legais decorrentes das rescisões dos contratos de emprego", disse a marca. O declínio da escolha veio depois da Chery não entrar em lay-off, porque a produção não será retomada em cinco meses. "Como não será possível retomar as atividades da fábrica da forma como ela se encontra, o sistema proposto [pelo sindicato] não corresponde à realidade fática em questão", continuou a empresa. 



Após esses dois momentos, as negociações voltaram à estaca zero. A Caoa Chery oferecer 15 salários para cada funcionário demitido e as conversas não evoluíram. A Chery confirmou a proposta e aumentou com 20 salários como pagamento de rescisão. Dias depois, voltou atrás na decisão dos 20 salários e voltou a oferecer 15 salários. Em assembleia, os funcionários passaram a ocupar as instalações da fábrica, em protesto que foi realizado e durou cerca de 2 horas. O último ponto foi para a Justiça do Trabalho entrar na história. Com a entrada de uma liminar, as demissões realizados pela Chery foram canceladas após o juiz do trabalho, Lucas Cilli, entender que não houve negociações e que precisam dessas conversas para não causar um impacto na vida desses funcionários. Na época, o juiz tinha dado um prazo de cinco dias para o cumprimento da medida pela empresa sob pena de multa de R$ 50 mil por dia. Dias depois, os funcionários encontraram uma solução para o caso. Os trabalhadores aceitaram o plano de indenização social da Chery, com 15 salários e teto de R$ 5.000 de salário. Os 489 trabalhadores. Para aceitarem os 15 salários, a Chery adicionou outros benefícios. Nisso, foram adicionados a extensão do convênio médico, o plano metodológico e vale-alimentação por 12 meses, a partir da data de demissão. Os funcionários foram desligados oficialmente no dia 1º de julho. Do início ao fim das conversas, foram 37 dias de indecisão sobre o futuro dos funcionários. Apesar das demissões, a marca confirmou que cerca de 100 funcionários serão mantidos na unidade, para setores de vendas, pós-venda, manutenção, qualidade e logística. Quem não quiser continuar, terá direito à indenização.



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