Dodge apresenta o Challenger SRT Demon 170 como sétima série especial da linha Last Call

Bye bye, HEMI: Dodge apresenta o Challenger SRT Demon 170, a última série especial da linha Last Call dos motores a combustão da marca norte-americana



A Dodge confirmou que em breve vai se tornar uma marca puramente elétrica. E, para isso, a norte-americana confirmou que séries especiais seriam lançadas como uma forma de se despedir de Challenger e Charger com motores a combustão. Enquanto a marca já apresentou as seis primeiras séries especiais no ano passado, agora chegou a vez da sétima versão a ser apresentada. Batizada de SRT Demon 170, ele se torna o Challenger mais potente e rápido já construído.

Para isso, a Dodge resgatou o Demon, que foi uma das versões mais insanas que a marca já fez do cupê. Mas agora, ela foi longe demais. Com uma produção limitada em 3.300 unidades, o SRT Demon 170 terá uma tiragem de 3.000 unidades para os EUA e 300 unidades para o Canadá. O Demon, base para o Demon 170, era equipado com um motor V8 HEMI capaz de desenvolver 851cv de potência. Pulverize esses números. Isso porque o Demon 170 traz o mesmo motor, mas entregando 1.040cv e um torque de 130,7kgfm, alcançados quando abastecido com E85, um combustível que tem 85% de etanol.

Com gasolina convencional, o esportivo entrega 913cv e 112kgfm, números que são mais próximos ao Demon, mas igualmente maiores. Com esse conjunto, ele acelera de 0 a 100km/h em 1,66 segundo e chega ao ¼ de milha em 8,91 segundos e 243,28km/h. Para alcançar esse feito, a Dodge trouxe um motor 6.2 V8 quase novo. Uma das novidades é que ele ganha um superalimentador que oferece 40% a mais de pressão no turbo que o Hellcat, de 3,0 litros. Outra novidade fica por conta da polia do superalimentador, que foi atualizada, enquanto ganha um corpo de borboleta é de 105 milímetros contra os 92 milímetros do Demon.

Ele ainda ganha tubos de combustível e os injetores capazes de oferecer mais combustível por serem maiores. O cupê ainda ganha acelerador de maior diâmetro, fixadores atualizados e válvulas de admissão revestidas de nitreto. O motor ainda ganha guias de válvula e materiais atualizados para compatibilidade com etanol, bielas de maior resistência, novos materiais principais e rolamento da biela para maior capacidade de carga e novas velas de ignição que proporcionam “combustão ideal com etanol combustível”. Só o motor ainda conta com um módulo de controle do trem de força recalibrado que otimiza o abastecimento e o tempo de ignição para combustível premium.



Quando abastecido com etanol, um sensor determina a porcentagem de etanol no combustível e esse número é mostrado no painel de instrumentos. A potência do motor ainda é ajustada automaticamente com base na porcentagem de etanol e “quando um limite de 20% de etanol é detectado, o ícone da bomba de gasolina localizado no cluster aparecerá em branco”. Junto ao motor, ele traz uma nova transmissão que aguenta o tranco. O câmbio automático de 8 marchas foi atualizada e envia energia para um eixo de transmissão traseiro que é mais robusto, sendo 30% mais resistente e aumenta o diâmetro do tubo e da espessura das paredes, assim como usa juntas homocinéticas maiores.

O eixo traseiro também foi reforçado para alcançar 53% a mais de resistência, graças, em partes, à prensagem isostática a quente. O esportivo tem um anel e pinhão maiores, de 240 milímetros, novo flange de entrada para acomodar a homocinética maior. Os semi-eixos passam a ter 43 estrias, com um processo de tratamento térmico revisado que traz “rigidez otimizada para desempenho de aceleração”. Outro diferencial está nos pneus do carro, que se torna o “primeiro carro de produção de fábrica construído com pneus radiais de arrasto escalonados e para-lamas”.

Ele possui rodas de 18 polegadas e pneus Mickey Thompson ET Street R 315/50R17 no eixo traseiro que é otimizado para a pista de arrancada e pneus dianteiros 245/55 R18, de 18 polegadas. Os pneus trazem ranhuras adicionais para melhorar o desempenho na rua e possuem um corpo de náilon que oferece maior transferência de potência em comparação com as paredes laterais do pneu, feitas de poliéster tradicionais. As rodas dianteiras mais leves ajudam a transferir peso para o eixo traseiro, oferecendo um coeficiente de tração significativamente maior.



Já as rodas são feitas de alumínio forjado, mas os consumidores interessados podem pedir por rodas de fibra de carbono com o centro feito de alumínio forjado, ferragens de titânio e um padrão de trama grande para uma aparência mais perceptível. As rodas dianteiras são 9,1kg mais leves e as rodas traseiras são 5,4kg mais leves que as rodas do Redeye Widebody. Em termos visuais, a marca americana ainda confirmou que ele ganha para-lamas traseiros alargados do pacote Widebody. Ao todo, o SRT Demon 170 é 71,2kg mais leve que o Redeye Widebody. Para isso, a Dodge cortou componentes como acabamento do porta-malas, estofamento NVH e tirou o banco traseiro.

Existe até um carpete feito de material mais leve, sistema de áudio minimalista, com dois alto-falantes, freios dianteiros leves e barras estabilizadoras ocas. Ele é equipado com novidades também como o TransBrake 2.0, que é um sistema que, ao ser pressionado, pode “configurar e selecionar vários perfis de torque de lançamento para combinar a entrega de potência do motor com condições específicas da pista”. Entre as configurações, o consumidor pode escolher entre alta, média e baixa aderência do solo, assim como configurações de lançamento mais adequadas para o carro.

Em síntese, a Dodge destaca que o “TransBrake permite que a aceleração do motor seja aumentada até 2.350 rpm e gera maior energia do trem de força com multiplicação máxima do conversor de torque, um aumento de até 110 por cento no torque de parada do motor em comparação com o torque do freio e produz até 15% mais torque nos pneus traseiros durante o lançamento.”. Há ainda o Torque Reserve, Launch Control, Line Lock e Launch Assist, todos já conhecidos do SRT Demon. O sistema SRT Power Chiller usa o sistema de ar-condicionado para resfriar o intercooler do superalimentador, reduzindo a temperatura de indução do ar em até 7,2ºC.



Outros sistemas ficam por conta do Race Cool Down, responsável por refrigerar o motor após ser desligado. A suspensão usa amortecedores Bilstein com amortecimento adaptativo e uma altura traseira maior que a dianteira, além de vir com molas e barras estabilizadoras mais suaves e uma curvatura revisada da suspensão traseira, o que aumenta a área de contato sob carga. O Demon 170 também tem três modos diferentes, com o Auto, Custom, e Drag. O Auto é projetado para a rua, o Drag para pista, otimizando tração, suspensão, transmissão e direção.

E visualmente, quais são as novidades? Poucas, na verdade. O Demon 170 ganha um novo capô que traz um Air-Grabber maior, faróis Air Catcher e para-lamas exclusivos. Nas laterais, as rodas já mencionadas são novas e o logotipo do Demon 170 está no para-lama dianteiro. O olho do Demon é amarelo, em referência à cor do etanol. De traseira, a novidade fica por conta de um aerofólio traseiro pintado em preto, assim como a tampa do porta-malas. Essa área pintada em preto (como no capô, teto e tampa do porta-malas), é um opcional e é pintado em Satin Black). O modelo também possui 14 opções de cores diferentes, como o B5 Blue e Plum Crazy.

Internamente, a Dodge trouxe bancos com a grafia do Demon no encosto, gráficos exclusivos no quadro de instrumentos e um emblema com os quatro últimos dígitos do VIN do veículo. Há também um volante com couro Alcantara e detalhes em fibra de carbono espalhadas pelo interior, assim como um logotipo SRT iluminado. Opcionalmente, ele poderá ser equipado com bancos de couro premium, que podem trazer funções de aquecimento e ventilação. Esse mesmo pacote traz também volante aquecido e um sistema de áudio premium Harman Kardon de 18 alto-falantes. Uma das opções é ele vir com bancos em couro vermelho Demonic Red Laguna.



Junto ao carro, a Dodge adicionou uma maleta do Demon, que traz copos e uma garrafa de vidro diabólicos com a insígnia Demon da Dodge, assim como porta-copos cubos de gelo. A marca adicionou ainda que os consumidores terão direito a um crachá personalizado no painel de instrumentos e serão convidados para uma experiência SRT em Radford Racing School em Chandler, Arizona. A marca também vai oferecer uma capa de malha Goodwool que protege o carro e que a estampa da malha é exatamente o Challenger.

Há um pacote que o consumidor pode adquirir que traz rodas e pneus de rua, sistema de montagem de para-quedas e uma barra de arnês com inserções coordenadas em fibra de carbono no banco traseiro. Por fim, os interessados no esportivo terá que “assinar um termo de responsabilidade reconhecendo as características únicas do Demon 170 como um drag car de produção legal de rua, construído especificamente para esse fim”. Cada unidade será vendida com preço de US$ 96.666.

Opcionalmente, ele pode ser vendido com capô, teto e tampa do porta-malas em Satin Black por US$ 3.495, mas só o capô tem um custo de US$ 1.995. Ele pode ter bancos com estofamentos atualizados por US$ 1.995, bancos em couro Alcantara (junto de assentos aquecidos e ventilados, sistema de som com 18 alto-falantes) por US$ 5.995, rodas de fibra de carbono por US$ 11.495 e teto solar por US$ 9.995. O Demon 170 ainda pode vir com cintos de segurança Demonic Red por US$ 395, kit de acabamento de porta-malas por US$ 295, navegação integrada por US$ 995 e um kit de exclusão dos bancos traseiros. 






Fotos: Dodge / divulgação

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