GWM apostará que todos seus carros híbridos terão o novo sistema híbrido plug-in Hi4

GWM confirma que suas marcas vão aderir ao sistema híbrido Hi4, que estreou com o Tank 400 no ano passado, em uma versão mais potente



A Great Wall Motors (GWM) confirmou que as suas marcas que usarem veículos híbridos vão contar com o sistema Hi4. Com isso, as marcas Haval, Tank, Poer e Wey (lembrando que a Ora possui apenas elétricos) vão aderir ao novo sistema que fez sua estreia no ano passado com o Tank 400. A informação foi confirmada por Li Ruifeng, Chief Growth Officer da Great Wall Motors, que confirmou essa transição dos motores elétricos até o final de 2024, que vão aderir ao Hybrid Intelligent 4.

Ainda existe o Hybrid Intelligent 4-Traction, com tração nas quatro rodas mais potente. O novo sistema híbrido possui funcionamento série-paralelo que permite que o motor elétrico possa funcionar independentemente do motor a combustão ou ambos os motores podem trabalhar em conjunto. No caso do Haval Xiaolong Max, ele une o motor 1.5 16v a gasolina que desenvolve 116cv e 14,2kgfm de ciclo Atkinson junto de dois motores elétricos, um para cada eixo. O motor elétrico da dianteira desenvolve 95cv e 10,2kgfm de torque e o motor elétrico do eixo traseiro entrega 204cv e 35,7kgfm.

Com potência combinada, o modelo entrega 279cv e 59,6kgfm, sendo acoplado a uma transmissão DHT de duas velocidades. O Xiaolong Max vem com uma bateria de 19,27kWh que oferece uma autonomia elétrica de 105km (ou 83km no ciclo WLTP). A bateria menor só pode ser carregada em um WallBox de 6,6kW, enquanto a bateria manter pode ser carregada no mesmo WallBox ou em estações de recarga rápida de 33kW. No caso do Tank 400, alia o motor 2.0 Turbo de ciclo Miller que desenvolve 252cv e 38,7kgfm junto de dois motores elétricos, um motor para cada eixo.

Os motores podem atuar de maneira independente do motor a combustão ou em conjunto. O sistema Hi4-T usa uma série de sensores que determina, em milésimos de segundos, o melhor modo de atuação do sistema híbrido. Em velocidades de cruzeiro, o motor 2.0 Turbo atua e em momentos de força máxima, atua junto aos motores elétricos que juntos entregam 163cv. O conjunto ainda é acoplado a um câmbio automático de 9 marchas (chamado pela marca de 9HAT), enquanto a potência combinada dos três motores é de 408cv e 76,5kgfm.



Com esse conjunto, ele acelera de 0 a 100km/h em 6,9 segundos, enquanto vem com uma bateria ternária (NMC) de 37,1kWh, capaz de oferecer uma autonomia de 105km no ciclo WLTP. O sistema Hi4 da GWM trabalha alternando automaticamente entre o motor a gasolina e o elétrico, além de poder trabalhar em combinação com os dois. O sistema faz uso de sensores que determinam o melhor modo de operação para as condições atuais de condução dos veículos. Com isso, os consumidores tem uma experiência de uma tração 4WD. Em baixas velocidades, o motor elétrico aciona o carro e o motor a gasolina entra em velocidades mais altas.

Se estiver acelerando ou em uma retomada, os dois motores podem trabalhar em conjunto para oferecer a potência máxima. De acordo com a GWM, o sistema Hi4 é mais eficiente por fazer o motor elétrico funcionar independentemente do motor a gasolina, além de ser mais potente porque permite que os dois motores possam trabalhar juntos para fornecer a potência máxima. Em um terceiro ponto, o carro possui um alcance de autonomia elétrica mais longo porque a bateria é maior que dos híbridos atuais. Com três motores, a GWM espera que esse sistema quebre o padrão de um sistema híbrido plug-in (PHEV) que tem foco no eixo dianteiro.

Com três motores e com tração 4WD, a GWM espera que os carros possam enviar força distribuídas para eixos que precisam de mais força. Os carros da GWM criados com motor Hi4 virão ainda com uma arquitetura híbrida dedicada, permitindo a tração nos dois eixos. Outra tecnologia é que o Hi4 terá o sistema iTVC (intelligent Torque Vector Control), que ajusta a distribuição de potência e torque entre os eixos dianteiros e traseiros, evitando a perda de tração e patinação das rodas em superfícies escorregadias. Gradativamente, o sistema Hi4 vai substituir o DHT-PHEV usado hoje pelo Haval H6 no Brasil, por exemplo. 



Fotos: GWM / divulgação | Haval / divulgação | Tank / divulgação

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