Porsche confirma quer seus esportivos elétricos vão contar com um design mais radical

Porsche confirma que o design dos seus novos modelos elétricos vai ser radical; primeiro membro dessa nova filosofia será o Mission X Concept



A Porsche parece que quer dar uma guinada com seus futuros modelos elétricos. A marca alemã confirmou que já trabalha em uma nova geração de elétricos e promete que o design deles vai ser radical. Quem disse isso foi o Chefe de Design Externo Avançado da Porsche, Ingo Scheinhütte, durante entrevista. De acordo com o executivo, o primeiro produto dessa nova filosofia de design da marca deve ser a versão de produção do Mission X Concept, um hiperesportivo que vai substituir o 918 Spyder.

Apesar da proposta deles serem radicais, o executivo confirmou que os novos elétricos vão respeitar a herança de design da marca. Em entrevista ao site inglês Autocar, Ingo Scheinhütte foi perguntado sobre quais elementos do Mission X e do conceito Vision 357 Concept será visto em um modelo de produção. “Você traz todas as ideias para um conceito, mas precisa ver como elas se desenvolvem. Alguns elementos são essenciais para a identidade da nossa marca, como o arco de luz contínuo – e no Mission X, você vê um desenvolvimento disso. Em vez de ter apenas uma barra de luz, agora ele tem o logotipo da Porsche integrado. Estou confiante de que isso é algo que veremos na produção.”, disse o executivo.

Ele ainda destacou que os dois conceitos são bem diferentes em suas propostas de design. “Os dois conceitos são muito diferentes na forma como são projetados. O 357 é uma carta de amor ao formato original da Porsche, enquanto o Mission X é um desenvolvimento da linguagem de design da Porsche”, disse. Ele também foi perguntado se essa filosofia de design mais radical pode ser vista em modelos que fogem desta característica esportiva como os sedãs Taycan e Panamera ou os utilitários esportivos Macan e Cayenne, por exemplo.



“Quanto mais você se aprofunda no segmento de limusines e SUVs, menos formas 3D você pode usar, então os carros [esportivos] são uma espécie de modelo que tentamos adotar e adaptar aos nossos SUVs. Algumas coisas funcionam, outras não. No 357, há um vinco na lateral, e geralmente os Porsches são bem redondos. Desta vez, tentamos dar um pouco de aresta e curva, até mesmo fazer a curva contornar todo o carro. Acho que poderíamos aplicar isso aos nossos SUVs”, destacou Scheinhütte. Uma mudança na filosofia de design implica em mexer quase num vespeiro, especialmente com seus consumidores que são puristas.

Scheinhütte disse que será preciso considerar a inovação para ter alguma evolução. “Precisamos impulsionar a tradição e a inovação ao mesmo tempo. Construímos carros há 75 anos e somos considerados os designers mais preguiçosos da indústria automobilística. Sempre tentamos ser o mais inovadores possível, mas não queremos revolucionar nosso design. Precisa ser uma evolução, e usamos essa receita há 75 anos.”, destacou o Chefe de Design. Essa mudança mais brusca poderia trazer algum problema para o 911, que é um modelo icônico justamente por seu design. E Ingo falou sobre isso na entrevista.

“O maior desafio do 911 é sua herança tão forte. É o carro com o qual somos mais cuidadosos, e precisamos ser cuidadosos ao passar para a próxima geração. Quando projetamos o [atual] 911, fizemos meia dúzia de skates que mostravam direções muito diferentes, simplesmente porque a herança é muito forte e fortemente influenciada pelo carro original.”, destacou. No caso do 911, ele ainda poderia ser inspirado no Vision 357 Concept. "Nós nos perguntamos 'qual é o principal elemento que define uma forma?' e, curiosamente, eram os faróis. Dez anos atrás, eu diria que o elemento externo mais importante de um Porsche eram os faróis.”, adicionou.



“Mas se você olhar para o que fizemos no 357, Mission X e até mesmo no 963 LMDh, estamos lentamente descobrindo que os faróis não são a coisa mais importante. Podemos brincar um pouco, e essa é uma área [na qual] costumávamos ser muito cuidadosos.”, dando a entender que o 911 pode voltar a perder os faróis redondos numa nova geração – algo que não acontece desde a geração 996, vendida entre 1999 e 2005. Também foi perguntado a Ingo como ele fará com que os hiperesportivos elétricos sejam tão icônicos como hiperesportivos a combustão como Carrera GT e 918 Spyder.

Ele disse que, “ao criar carros de luxo, há sempre um bom motivo para isso. Há sempre uma razão intrínseca por trás deles, porque precisamos construir um carro que seja relevante para o mercado e também para a marca. Para designers de exteriores, é o formato que torna um carro especial, mas seu formato depende muito da tecnologia que queremos trazer e da mensagem que queremos enviar. O Mission X é um bom exemplo, porque agora estamos confiantes de que podemos causar impacto com carros elétricos.”, adicionou em entrevista.

Outra informação que foi confirmada é que a Porsche não pretende voltar a desenvolver um GT, ao estilo de 944 e 928. “O antigo design do GT com o capô grande é o símbolo mais antigo que podemos usar no design de carros, porque as pessoas sabem que são carros. Mas agora, com os veículos elétricos, esses símbolos não existem mais, e não queremos passar uma mensagem falsa. Embora o símbolo ainda possa funcionar, é preciso ser honesto e criar uma embalagem atraente. Acho que poderia funcionar, mas acho que seria a coisa errada a se fazer.”, finaliza. Com isso, modelos como 944 e 928 realmente são produtos que ficarão apenas no passado da marca. 



Fotos: Porsche / divulgação

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