Ford apresenta o Mustang GTD Prototype, que surge com motor 5.2 V8 Supercharged de 800cv

Ford promete ir a caça de esportivos europeus com o Mustang GTD Prototype, que vai contar com um motor 5.2 V8 de 800cv e promessa de entrar em produção



A Ford confirmou que vai entrar no mercado dos superesportivos. E, para isso, a marca não contará com um novo esportivo, mas vai apostar suas fichas em um Mustang ainda mais insano que os GT ou Dark Horse. Nasce assim o Mustang GTD Prototype, com promessa de entrar na linha de produção contra os esportivos europeus. Para isso, a Ford iniciou seu desenvolvimento no ano de 2021 para iniciar o desenvolvimento de um novo esportivo que pudesse concorrer com os esportivos europeus e continuar como um carro de rua.

Inspirado no GT3, o GTD nascerá com um foco de oferecer o nome Mustang como um esportivo que também pode concorrer no andar de cima. Com sua herança, a Ford acredita que o esportivo possui potencial de oferecer mais desempenho, uma carroceria totalmente esculpida e redesenhada. “O Mustang GTD quebra qualquer ideia preconcebida sobre um supercarro. Esta é uma nova abordagem para nós. Não projetamos um carro de rua para as pistas, criamos um carro de corrida para as ruas. O Mustang GTD pega a tecnologia de corrida do nosso Mustang GT3, envolve-a em uma carroceria Mustang de fibra de carbono e a libera para as ruas.”, disse Jim Farley, Presidente e CEO da Ford.

A Ford confirmou que nenhuma peça do Mustang GTD é desenhada sem um propósito e cada elemento possui uma função, desde sua contribuição aerodinâmica como na redução de peso, como em alguns dos exemplos. E o conhecimento para isso vem dos anos da empresa participando de categorias de competição, como em Le Mans. O GTD Prototype nasce com a missão de ser o Mustang mais rápido de todos os tempos. Para isso, ele se escora em elementos como uma aerodinâmica ativa e uma enorme aderência proporcionada por pneus preparados para a versão.

Na dianteira, do Mustang tradicional que conhecemos ele manteve apenas os faróis. O para-choque ganha um design de pouco amigos com uma nova representação da grade dianteira, que mantém o cavalo Mustang inserido dentro de uma grelha estilo colmeia e com as extremidades um pouco maiores que a parte central da grade. No para-choque dianteiro, ele ganha uma nova entrada de ar trapezoidal com uma grade menor, mas igualmente trapezoidal com uma grelha em colmeia também. As laterais da entrada de ar ganham espaço para novas entradas de ar que vão contribuir para a refrigeração dos freios.



No para-choque, ele possui dois splitter, sendo o inferior mais pronunciado, enquanto o splitter superior ganha um formato em ‘U’, com aletas mais verticais nas extremidades. A parte inferior dos dois splitter ganha flaps aerodinâmicos controlados hidraulicamente. O para-choque dianteiro possui um desenho bem vincado, com vincos em ‘C’ nas extremidades laterais inferiores, vincos nas bordas da entrada de ar inferior e vincos que nascem a partir das extremidades laterais dos faróis e que continuam verticalmente no para-choque dianteiro – que é alargado.

Também nasce um vinco longitudinal que aparece entre a grade dianteira e a entrada de ar inferior e percorre até o final do capô, próximo do para-brisa. Falando em capô, essa é mais uma peça que muda e não tem nenhuma correlação com o capô do Mustang em suas versões civis – se é que dá para chamar dessa forma. O capô ganha um par de fixadores logo acima da grade e duas saídas de ar mais próximas do para-brisa, com um desenho em ‘U’ e grelha colmeia como visto nas grades. Falando em vincos, além do vinco central, a partir da grade dianteira nasce um par de vincos (um de cada lado) que terminam nas portas dianteiras.

De perfil, o Mustang GTD possui um desenho mais animal, mas possui uma ligação maior com o Mustang. Ele se destaca pelos para-lamas dianteiros e traseiros alargados, que dão a ele uma visão quando visto de dianteira ou traseira bem diferente. Mas é de lateral que ele remete mais ao clássico. Assim como acontece no capô, o grande destaque das laterais fica por conta das saídas de ar em ‘L’ que estão no para-lama dianteiro, com guelras que dão um toque especial no esportivo. As saídas de ar contam com um acabamento em preto brilhante.

Ele também possui uma entrada de ar no para-lama traseiro, logo após a porta, com vincos no entorno em ‘C’. em termos de vincos, nasce um vinco acima dos faróis que define a linha de cintura do esportivo. Este vinco termina ainda nas portas, enquanto o vinco que vem do capô termina no desenho dos vidros laterais. A parte inferior da carroceria possui um vinco ascendente que nasce no para-lama traseiro e é mais um ponto de saída de ar. Um outro vinco nasce nos para-lamas traseiros e se conectam com um aerofólio na traseira. A saia lateral possui um acabamento preto, enquanto as maçanetas e os retrovisores são os mesmos das demais versões do Mustang.



Complementa o design do cupê as rodas de liga leve de cinco raios com um acabamento em alumínio forjado de 20 polegadas, que opcionalmente podem ser em magnésio forjado. As rodas de magnésio oferecem a combinação ideal de peso e durabilidade, com um design semelhante ao do carro de corrida Mustang GT3. As rodas contam com pneus dianteiros de 325 milímetros de largura – tão largos quanto os pneus traseiros do Ford GT – enquanto os traseiros têm 345 milímetros. A bitola do GTD é alargada em quase 10 centímetros em relação aos Mustangs tradicionais.

Já atrás dessas rodas estão os enormes freios Brembo de carbono-cerâmica, otimizados para dissipação de calor, resultando em paradas mais firmes e consistentes na zona de frenagem. No teto, o GTD conta com dois vincos centrais que deixam as laterais do teto mais altas. De traseira, é inegável que o grande destaque não seja o aerofólio traseiro fixado na coluna C do Mustang. Ela é controlada de forma hidráulica, tendo uma função ativa na aerodinâmica do esportivo. De traseira, a Ford, ao alargar a carroceria do esportivo, dá uma nova cara do esportivo.

Os vincos que vem dos para-lamas traseiros ajudam a formar um segundo aerofólio desenhado na própria carroceria, enquanto a tampa do porta-malas possui um par de vincos longitudinais que dão continuidade aos vincos que vem do teto. As lanternas são as mesmas do Mustang que conhecemos, enquanto saídas de ar passam a contar as lanternas. Essas saídas de ar trazem grelha iguais às da dianteira, em colmeia. As duas saídas de ar são separadas apenas por uma área central que traz o logotipo GTD que identifica o esportivo. Um acabamento em preto brilhante conecta das lanternas com essas saídas de ar.

Há vincos em ‘U’ que se conecta com as extremidades das lanternas, já no para-choque. Falando nele, a Ford adicionou o espaço da placa e um difusor de ar proeminente que possui acabamento em fibra de carbono. Ele possui duas aletas na parte inferior e escapamentos duplos, uma saída em cada lado, da Akrapovic com um acabamento dourado, o mesmo visto nas rodas. Acima das saídas de escape e das aletas do difusor de ar, estão refletores. A parte central conta com uma luz de ré central e nas extremidades laterais e inferiores do para-choque traseiro ele possui uma discreta saída de ar com um acabamento em preto brilhante.



Internamente, a Ford divulgou imagens que revelam poucas mudanças, com destaque para os materiais premium como um acabamento em camurça Miko combinada com acabamentos em couro e fibra de carbono, enquanto ele mantém o quadro de instrumentos com tela de 12,4 polegadas e a central multimídia de 13,2 polegadas, dispostas lado a lado, em duas telas – com a central tendo o sistema SYNC4. Ele ganha tecnologia de jogos Unreal Engine e agora conta com gráficos de boas-vindas e despedidas específicos do Mustang GTD nas duas telas. O quadro de instrumentos ganha um novo layout e adiciona indicador de marcha e o tacômetro em destaque, eliminando todas as informações supérfluas.

Os bancos passam a ser da Recaro e atrás do volante estão paddle-shifts de titânio e impressos em 3D. O console central ganha um seletor de marchas rotativo e uma placa de identificação, também feito em peças de titânio do Lockheed Martin F-22 descontinuadas. Não há mais assento traseiro, retirado para ajudar a diminuir o peso. Outra perda foi o fato de que o GTD não possui porta-malas. No lugar, ele passa a contar com a suspensão semiativa, um sistema de controle hidráulico e um sistema de resfriamento transeixo que usa uma tampa inspirada em corridas que substitui a tampa do porta-malas e inclui duas entradas de ar.

Essas servem para canalizar o ar do vidro traseiro para a área e através dos trocadores de calor. “Nossa equipe de design trabalhou em conjunto com a equipe de design do Mustang GT3 e a equipe de aerodinâmica, compartilhando soluções entre carros de corrida e carros de rua, e vice-versa. Este é um design orientado à aerodinâmica.”, disse Anthony Colard, gerente de design da Ford Performance. No trabalho de engenharia para melhorar a aerodinâmica, a Ford confirmou que o esportivo conta com uma série de componentes em fibra de carbono na carroceria para reduzir o peso, baixar o centro de gravidade e melhorar a capacidade de resposta.

Os para-lamas, o capô, a capa que substitui a tampa do porta-malas, as soleiras das portas, o divisor dianteiro, o difusor traseiro e o teto são todos de fibra de carbono, com painéis dianteiros e traseiros de fibra de carbono opcionais. Já o assoalho do esportivo ganha uma bandeja plana com acabamento em fibra de carbono, também vendido como um opcional. Também em fibra de carbono, essa bandeja aproxima o esportivo de carros de competição. A combinação de recursos aerodinâmicos projetados propositalmente resultará em uma enorme força descendente equilibrada nos eixos dianteiro e traseiro.



Isso aumentará a velocidade nas curvas, produzirá controle consistente e tempos de volta incríveis em algumas das pistas mais infernais do mundo. O sistema chamado de Drag Reduction System, que é o responsável por modificar, hidraulicamente, o ângulo dos flaps na dianteira e na asa traseira. “Todas as superfícies, aberturas e saídas de ar na carroceria e sob ela são funcionais. Parte do ar é direcionada para resfriamento, outra para aerodinâmica e downforce. Tudo isso para ajudar o GTD a ir mais rápido ou aderir ao asfalto, independentemente das condições.”, disse Greg Goodall, Engenheiro-Chefe do Programa Mustang GTD.

O sistema pode ser explicando quando, em curvas fechadas, a aderência se torna mais importante do que a velocidade. Com isso, o DRS fecha o elemento principal da asa e o flap para criar um aerofólio integrado que gera downforce adicional na traseira do veículo, ajudando o GTD a ir mais rápido nas curvas sem perder aderência. Mecanicamente, ele é equipado com o motor 5.2 V8 Supercharged que desenvolve 800cv de potência que possui um sistema de entrada de ar duplo e o primeiro sistema de óleo de cárter seco instalado em um Mustang de rua. O sistema ajuda a manter o motor lubrificado durantes as curvas longas e exigentes.

A Ford ainda confirmou que o esportivo possui 7.500rpm de máxima e traz um sistema de escape com válvulas ativas de titânio. A transmissão é automatizada de dupla embreagem de 8 marchas, instalada na traseira. O câmbio possui um eixo de transmissão leve, feito em fibra de carbono e que ajuda na distribuição de peso ideal de 50/50. "Éramos obcecados pela tecnologia de corrida que ele carrega. O que o faz andar é ainda mais fascinante do que aquilo que você vê quando ele passa por você. Quando você olha para a engenharia, a aerodinâmica, o funcionamento do trem de força, o Mustang GTD é um foguete para as ruas.", disse Mark Rushbrook, Diretor Global da Ford Performance Motorsports.



De acordo com a Ford, o esportivo ganha freios de carbono-cerâmica e a suspensão é semiativa de última geração. Ela permite que possa ser variada a taxa de amortecimento quanto a altura do solo. A tecnologia de amortecedor com válvula de carretel adaptável, com suspensão dupla de taxa de amortecimento e altura acionada hidraulicamente, proporciona dois estados exclusivos que aprimoram o desempenho na estrada e na pista de forma independente. As configurações da suspensão permitem que ele possa ter uma redução de altura em 4 centímetros no modo Track.

A suspensão dianteira com braço curto e longo proporciona maior rigidez lateral e cinemática aprimorada, especialmente em curvas com alta força G. A suspensão traseira apresenta uma arquitetura de haste de pressão e balancim de ligação integral, onde os amortecedores internos com válvula de carretel adaptável e as molas helicoidais são dispostos em um padrão cruzado horizontal e integrados a um subchassi tubular robusto, rígido e com baixo peso, estilo automobilismo. “O hardware foi cuidadosamente selecionado e desenvolvido para permitir um desempenho de volta impressionante. O objetivo deste projeto era claro: ir muito, muito mais rápido do que nunca, com um tempo estimado em Nürburgring abaixo de 7 minutos. Isso o torna o Mustang de rua mais rápido da Ford até hoje.”disse Greg Goodall, Engenheiro-Chefe do Programa da Ford.

O GTD Prototype foi desenvolvido pela Ford com a Multimatic, que ajudou a marca a desenvolver o Mustang GT3 e GT4, sem falar que ajudou na construção do hiperesportivo GT, vencedor de Le Mans. “O Mustang GTD representa o melhor da Ford Motor Company e o que nossa equipe precisa fazer todos os dias. É isso que acontece quando pegamos o que sabemos fazer e expandimos os limites para ver onde a bolha vai parar. Ele representa a essência da transformação pela qual estamos passando na Ford, do software aos carros de edição especial.”, disse Farley.



Para ajudá-lo na condução, a Ford adicionou o Controle de Tração Variável no modo Track, que permite que o motorista ultrapasse os limites do carro e possa modular a potência do motor e a intrusão do controle de tração. Os ajustes são feitos sem tirar as mãos do volante, permitindo que o motorista possa adaptar as condições da pista à capacidade de dirigir o esportivo. Outra novidade é uma nova arquitetura elétrica avançada, que chega ao esportivo para melhorar a conectividade perfeita, uma infinidade de modos de direção personalizados e atualizações de software sem fio.

O modelo das imagens, ainda tratado como um protótipo, vai ganhar uma versão de produção. A Ford confirma que ele será vendido com diversas combinações de cores externas e internas, podendo, inclusive, ser encomendado em qualquer cor. Como ainda estamos diante de um protótipo, a Ford comunicou que serão produzidas uma quantidade limitada de unidades do GTD e que ele custará em torno dos US$ 325.000. O carro começará a ser produzido na fábrica da Ford em Flat Rock e, em seguida, será transportado para as instalações da Multimatic em Markham, Canadá, onde será fabricado artesanalmente pelas equipes Ford Performance e Multimatic, com precisão inspirada nas corridas.

Ele será vendido em mercados selecionados como América do Norte, Europa e Oriente Médio. Estima-se que entre 1.000 ou 2.000 unidades sejam produzidas. Opcionalmente, ele pode ser vendido com o pacote Performance que também inclui outro pacote, o Lightweight, que remove alguns materiais de isolamento acústico e adiciona impressionantes rodas de magnésio de 20 polegadas. 

















Fotos: Ford / divulgação

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